sábado, 30 de junho de 2012

Aldeias de Portugal

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Aldeias de Portugal
Géneros:Documentários
Informações Adicionais:
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O que evoluiu e o que permaneceu no Portugal “profundo”, ao longo dos últimos sessenta anos?
Em cruzamentos ritmados, viajamos entre a (suposta) realidade para sempre captada no documentário de António Lopes Ribeiro (de 1938) e o dia-a-dia dessas mesmas aldeias, em pleno século XXI.
Em cada uma das aldeias (re) visitadas, escolhemos detalhes, aspectos particulares e um “grande tema”, que melhor permita evidenciar o que mudou e o que permaneceu. Seguimos, igualmente, a vida de “representantes” das novas e das mais velhas gerações.
Cruzam-se, assim, duas maneiras de olhar diferentes, duas gerações (muito) diferentes: jovens e “velhos”, portugueses/estrangeiros, residentes locais/turistas, etc. São eles que vão viajar por essas outras aldeias e são deles as impressões que queremos registar no nosso filme. Memórias de gente que sempre viveu na sua aldeia e visões de gente que vive na aldeia mas tem uma visão do mundo já marcada pela televisão, Internet e todas as panóplias próprias do século XXI que a ligam a todos os pontos do mundo.O que evoluiu e o que permaneceu no Portugal “profundo”, ao longo dos últimos sessenta anos? É este o ponto de partida para uma viagem a 3 aldeias finalistas do concurso “A Aldeia Mais Portuguesa”, promovido pelo Secretariado Nacional de Propaganda (SNP), em 1938.

Nubia

Nubia

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Públicado no Jornal o riachense

Mária Pombo
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Agradecimento
Sempre escrevi só para mim. Não me lembro da primeira palavra nem do primeiro verso mas lembro-me de o fazer, em primeiro lugar, para mim.
Descobri, neste modo de ver e de sentir o mundo, uma forma de me encontrar, de ser eu, num canto qualquer que por momentos passa a ser só meu. Sempre precisei dos meus silêncios e raras foram as vezes que abdiquei deles por algum motivo. E esses silêncios são povoados por isto: palavras escritas.
É quando escrevo que consigo deixar transparecer aquela parte mais miúda que tenho, que todos temos, porque, estando só, fico longe de juízos e de críticas.
E esse é o motivo pelo qual cada crónica, neste espaço, é um desafio. Porque, ao dar-me em cada palavra, pensando ser para mim, percebo que não me posso restringir ao meu umbigo. E porque não sei que olhos me lêem além dos meus, que mentes me julgam, nem consigo escrever de outra forma, a única “regra” que me impus foi a de não escrever sobre assuntos já “gastos” ou que toda a gente comenta (crise, por exemplo).
Nunca me incomodei com opiniões alheias, mas se escrevo para alguém, como é o caso, mesmo que não saiba quem é, tenho o dever de fazer essa pessoa (ou pessoas) sentir (ou sentirem) nas minhas palavras pelo menos metade do conforto que senti ao escrevê-las.
Hoje quero fazer um agradecimento a quem ocupa algum do seu tempo a ler estas linhas, tão simples e tão imprecisas, por vezes. Faço-o, em especial, e se me permitem, à dona Henriqueta Caetano de Jesus pelo poema que enviou, que me fez sentir o ego a aumentar mil vezes.
Receber carinho de pessoas que conhecemos é fantástico, mas recebê-lo de autênticos desconhecidos, de partes tão diversas deste mundo, faz-me pensar que afinal vale a pena fazer aquilo de que mais gosto porque, sem saber, posso desenhar no rosto de alguém um sorriso de quem, estando longe, se sente um bocadinho mais perto.
Haverá melhor recompensa?

Mária Pombo

quarta-feira, 13 de junho de 2012

José Saramago

Mensagem de Eduardo Lourenço para a inauguração da sede da Fundação José Saramago

Nenhuma Cassandra podia vaticinar que a geração da Utopia que foi a de José Saramago encontraria, entre estes muros lembrados do império perdido, a sua capela ardente e maravilhosamente imperfeita. A realidade superou a ficção. Mas só o fez porque, antes, a ficção, os sonhos de papel de um poeta filho da terra e da ...sua transcendência, converteu as suas fábulas em fábulas de ninguém e de toda a gente. Os muros sem norte desta casa que a capital do País achou por bem conceder ao romancista que pôs o nome da sua terra no ecrã literário do mundo são o rosário de contos que o nosso fabulista-mor consagrou à sua musa Blimunda e ao numeroso séquito que a acompanhará para sempre. Com Saramago entra nesta casa uma geração que desejou de olhos abertos, se não mudar o mundo, torná-lo digno de ser salvo da sua irredenta inumanidade. Cada um à sua maneira, Jorge de Sena, Vergílio Ferreira, Agustina, traz a sua luminosa sombra para fazer companhia ao autor de “Memorial do Convento” e de “Todos os Nomes”. Cada autor digno de memória resume a literatura do povo a que pertence e do mundo inteiro. Que ao menos aí sejamos a chama da única pátria que os ventos da História não apagam da nossa memória precária.
Eduardo Lourenço, Vence, 12 de junho de 2012
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José Saramago

Ao fim de hora e meia de abertura, já centenas de pessoas passaram pela nova sede da Fundação José Saramago, na Casa dos Bicos, em Lisboa. Depois da inauguração oficial, que decorreu ao fim da manhã, as portas abriram-se ao público que se tinha acumulado no passeio fronteiro. A partir de quinta-feira, as portas estarão abertas das 10h00 às 18h00 (dias úteis) e das 10h00 às 14h00 (sábados). A visita é gratuita ao longo do mês de junho.

terça-feira, 12 de junho de 2012