sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Rancho dos Campinos de Azinhaga

Rancho dos Campinos de Azinhaga
Rancho dos Campinos de Azinhaga
Azinhaga
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O Rancho dos Campinos d’Azinhaga, agrupamento folclórico da aldeia de Azinhaga, concelho da Golegã, foi fundado em 1948, onde o seu nome foi assumido como Rancho Folclórico da Casa do Povo.
Historial
  • 1948: José dos Reis fundou-o como Rancho Folclórico da Casa do Povo;
  • 1951: Augusto Barreiros, poeta, escritor e distinto etnógrafo foi escolhido como seu director artístico;
  • Março de 1952: uma equipa cinematográfica espanhola, chefiada pelo realizador Juan Manuel de la Chica Pallin, vem a Azinhaga para filmar o grupo, a qual se realizou junto a belíssima Alverca de Fernão de Leite;
  • Novembro de 1952: A mesma equipa voltou para um novo apontamento sobre o grupo e sobre a Feira de São Martinho, na Golegã;

Actuações

Desde a sua fundação, o grupo tem participado nos principais festivais nacionais e internacionais:
  • Exposição Universal de Sevilha - EXPO /92 (Espanha)
  • Europeade em 1979 (Bélgica)
  • Festas das Luzes desde 1989 (Bélgica)
  • Bonheiden desde 1996 (Bélgica)
  • Europália em 1991 (Bélgica)
Quer na Europália/91, quer na EXPO/ 92, o Rancho foi em representação de Portugal, actuando em espectáculos de Filipe La Féria, tendo como apresentadores Lídia Franco, João d’Ávila e Fernando Heitor. Sob a orientação do mesmo realizador, participou também na revista TV “Grande Noite”, em Maio de 1993, na inauguração do “Campo Pequeno” em Maio de 2006. O Rancho "Os Campinos da Azinhaga" é também sócio-fundador da Federação do Folclore Português.
Como nota curiosa, registe-se que o Rancho foi buscar o nome a uma parte do primeiro verso, do segundo terceto do soneto "Azinhaga", de Gustavo de Matos Sequeira:
"Campinos da Azinhaga…
Ei-los lá vêm,
Bendita a terra que criou tais filhos,
Felizes filhos que tal madre têm!"

O Traje

Para as actuações reproduziram-se os trajes existentes na Azinhaga em meados da Época Romântica.
Seguindo a linha tradicional da sua indumentária,as raparigas vestem de "Ceifeiras Endomingadas":
  • lenços encarnados ou azuis com arabescos amarelos;
  • casacos brancos de rabo-de-pavão com golas e entremeios arrendados;
  • saias vermelhas ou azuis com duas barras de cetim preto;
  • aventais brancos, também com entremeios;
  • meias de algodão branco, lisas;
  • e sapatos pretos de meio salto, atacados com fitas azuis.
Os rapazes trajam de "Campinos":
  • barretes verdes ou azuis (de maioral-real)com carapinha encarnada;
  • camisa branca, bordada, como na Época Romântica, com motivos azuis e escarlates, aponto de cruz, pé de flor e ponto espinha;
  • jalecas azuis com botões grandes, de metal;
  • coletes encarnados, debroados, na frente e nas costas, com fita de seda preta;
  • cinta vermelha;
  • calções também azuis, tendo, junto aos joelhos, uma fila de botões de metal;
  • meias de algodão branco, muito arrendadas;
  • sapatos pretos de salto-de-parteleira, atacados com fitas escarlates, e, em cujos os tacões, brilham esporas à portuguesa.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

The Metropolitan Opera:L' Elisir D' Amore


Abraham Stoker

Bram Stoker

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Bram Stoker
Bram Stoker
Nome completoAbraham "Bram" Stoker
Nascimento8 de Novembro de 1847
Dublin, Irlanda
Irlanda
Morte20 de Abril de 1912 (64 anos)
Londres, Inglaterra
Reino Unido
Ocupaçãoescritor
Principais trabalhosDrácula
Abraham "Bram" Stoker (Dublin, 8 de Novembro de 1847Londres, 20 de Abril de 1912) foi um escritor irlandês bastante conhecido por ter sido o autor de Drácula[1], a principal obra no desenvolvimento do mito literário moderno do vampiro. Sempre estudando em Dublin, escreveu seu primeiro ensaio aos 16 anos e, em 1875 recebeu seu mestrado. Conseguiu se tornar crítico de teatro, sem remuneração, no jornal Dublin Eventing Mail. Em 1878 Stoker casou-se com Florence Balcombe, cujo ex-pretendente foi Oscar Wilde[2]. Com a mulher, mudou-se para Londres, onde passou a trabalhar na companhia teatral Irving Lyceum, assumindo várias funções e permanecendo nela por 27 anos. Em 31 de Dezembro de 1879 nasceu seu único filho, Irving Noel Thornley Stoker. Trabalhando para o ator Henry Irving, Stoker viajou por vários países, apesar de nunca ter visitado a Europa Oriental, cenário de seu famosos romances[3]. Enquanto esteve no Lyceum Theatre de Londres, começou a escrever romances e fez parte da equipe literária do jornal londrino Daily Telegraph, para o qual escreveu ficção e outros gêneros[4]. Antes de escrever Dracula, Stoker passou vários anos pesquisando folclore europeu e as histórias mitológicas dos vampiros. Depois de sofrer uma série de derrames cerebrais, Stoker faleceu em Londres em 1912. Alguns biógrafos atribuem a um processo desencadeado por uma sífilis terciária como causa de sua morte. Foi cremado e suas cinzas estão numa urna no Crematório de Golders Green, Golders Green, em Londres, Inglaterra.[5]

[editar] Cronologia

1847 - Em 8 de novembro, nasce Abraham Stoker, em Dublin[6], Irlanda.
1863 - Ingressa na Trinity College, em Dublin.
1866 - É contratado para trabalhar no castelo de Dublin. Escreve o manual Deveres dos Amanuenses e Escrivães nas Audiências para Julgamento de Pequenas Causas e Delitos na Irlanda.
1870 - Forma-se em matemática pura com louvor.
1876 - Conhece o ator Henry Irving e torna-se seu amigo.
1878 - Casa-se com Florence Balcombe. Aceita a oferta de Irving para administrar o Royal Lyceum Theatre de Londres.
1879 - Nasce Noel, o único filho do casal. Publica seu primeiro livro, The Duties of Clerks of Petty Sessions in Ireland.
1882 - Publica Under the Sunset, uma coleção de contos.
1890 - Começa a escrever um romance de vampirismo ainda sem título.
1891 - Publica o romance O Castelo da Serpente.
1894 - Publica The Watter´s Mou e Croken Sands.
1895 - Publica The Shoulder of Shasta.
1897 - Em 26 de maio publica Drácula.
1898 - Publica Miss Betty.
1903 - Publica A jóia das sete estrelas.
1904 - Publica The Man.
1905 - Morre o amigo Henry Irving. Stoker sofre um derrame cerebral.
1906 - Publica Personal Reminiscences of Henry Irving.
1909 - Publica O Caixão da Mulher-Vampiro.
1911 - Publica seu último romance, O Monstro Branco - no Brasil, A toca do Verme branco.
1912 - Morre em Londres, em 20 de abril.
1922 - Estréia Nosferatu, Eine Symphonie des Grauens, primeiro filme baseado em seu romance Drácula.

Referências

  1. Tavares, Braulio - FREUD E O ESTRANHO: CONTOS FANTASTICO DO INCONSCIENTE - Editora Casa da Palvra - 2007 - 348 pg
  2. ROBERT SCHNAKENBERG - VIDA SECRETA DOS GRANDES AUTORES, A - Editora Ediouro - s/d - 312 pg
  3. Biografías literarias (1975-1997): actas del VII Seminario Internacional del Instituto de Semiótica Literaria, Teatral y Nuevas Tecnologías de la UNED, Casa de Velázquez (Madrid), 26-29 de mayo, 1997
  4. Abrahão, Miguel M. - A PELE DO OGRO - Ed. Shekinah - 1996 - 273 pg.
  5. Bram Stoker no Find a Grave.
  6. Belford, Barbara. Bram Stoker and the Man Who Was Dracula. Cambridge, Mass.: Da Capo Press, 2002. p. 17. ISBN 0-306-81098-0

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Palestina é um país ou uma região?

Palestina é um país ou uma região?

Palestina é uma região do Oriente Médio que engloba as localidades onde ocorreram os fatos descritos no Novo Testamento cristão, a chamada Terra Santa. Seu nome vem dos Filisteus (os ancestrais dos atuais palestinos), povo que depois da conquista dessa região pelos árabes, no século 7 depois de Cristo, se arabizou, ou seja, adotou a cultura árabe. Esse território desde a conquista romana (pouco antes do nascimento de Cristo) nunca foi independente, sendo sempre uma província ou uma região apenas. Após a Segunda Guerra Mundial, a ONU decretou a criação de dois países, um dos judeus e outro dos palestinos. Mas os países vizinhos árabes alegaram que não aceitavam a criação de Israel e invadiram a região em 1948, em uma guerra que terminou vencida por Israel. Os árabes, apesar de perderem a guerra, tomaram para si (Jordânia e Egito) territórios que eram destinados à Palestina. Israel também ampliou seu território. Com isso, o território que a ONU destinou em 1947 aos palestinos passou a ser controlado por Israel, Egito (Faixa de Gaza) e Jordânia (a Cisjordânia ou Margem Oeste do rio Jordão). Em 1967, esses países guerrearam novamente e Israel conquistou os dois territórios, que passaram a ser chamados de "territórios ocupados".

Os acordos de paz dos anos 90 atribuíram à Organização para Libertação da Palestina (liderada por Yasser Arafat) o controle parcial sobre esses territórios (Faixa de Gaza e Margem Oeste do rio Jordão), através de uma entidade chamada Autoridade Palestina (que funciona como um embrião de governo). A Autoridade Palestina reivindica a formação de um Estado Palestino, que Israel se recusa a aceitar. Portanto, a Palestina é uma região e pode vir a se tornar um país.
(comente este assunto no fórum do Último Segundo)

domingo, 21 de outubro de 2012

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

O presidente do Conselho Nacional do CDS-PP, António Pires de Lima, afirmou, em entrevista à Antena 1, que o primeiro-ministro revelou alguma "impreparação" e falta de "sensibilidade" quando apresentou algumas medidas do Orçamento do Estado para 2013.
"É preciso ter sensibilidade quando se pede e apresentam medidas como aquelas, para além do mais há um certo grau de impreparação. É preciso reconhecer que aquilo que se passou no último mês deve servir de lição para que não se repitam este tipo de erros", disse Pires de Lima numa entrevista conduzida pela jornalista Maria Flor Pedroso.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

terça-feira, 9 de outubro de 2012

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

sexta-feira, 6 de julho de 2012

terça-feira, 3 de julho de 2012

Galeria Maria Soto

Es la una pintura de primor donde la fidelidad al modelo alcanza niveles de excelencia. Y es que Soledad Fernández hace de la similitud una realidad cuasi mágica, como se pone de relieve en la exposición presentada en la Galería Maria Soto, de Torre del Mar, Costa del Sol, hasta comienzo del año que viene, con 24 piezas que conforman cuatro bloques temáticos, entre los que el dedicado al desnudo aparece como cuestión recurrente en el discurso de esta pintora, residente en la Sierra de Madrid.

Soledad Fernández es una profesional que auna su dibujo diestro con la aplicación correcta de procedimientos cromáticos. Y esa interrelación de oficio y de sensibilidad en el tratamiento de las cuestiones que afronta, posibilitan un acabado marcado por el verismo al paisaje que contempla, interiores o exteriores, o composiciones como "El Mantón" que se reprodujeron en una emisión de sellos de correos en el año 2004, desnudos... pinturas de calidad que han sido galardonadas en importantes certámenes nacionales de arte; expuestas en galerías y salones de toda España; y apetecidas por coleccionistas que buscan un trabajo hecho a conciencia, grato y abierto a múltiples diálogos.

La exposición de Soledad Fernández, en la Galería Maria Soto, de Torre del Mar, Málaga, se clausurará el 9 de enero de 2010.

domingo, 1 de julho de 2012

Texto de Leonel Moura- Jornal de Negócios

O darwinismo social anda de novo por aí. Nos discursos oficiais, no programa dos governos, nas políticas europeias, na cabeça de intelectuais e comentadores. Resume-se numa ideia simples. Só os mais fortes sobreviverão aos desafios do tempo presente. Os fracos serão varridos.

O darwinismo social surgiu em finais do século 19 aplicando algumas ideias de Darwin à sociedade humana. Darwin não teve culpa, nem voz na matéria. Mas a sua teoria da seleção natural que favorece os mais aptos e mais fortes, eliminando os inadaptados e fracos, serviu bastante bem aos defensores daquilo a que agora chamamos neoliberalismo e, no extremo, conduziu, entre outras coisas, ao fascismo, às raças superiores e ao extermínio dos judeus, ciganos e outros grupos considerados decadentes pelos nazis.

Fora de moda por algum tempo, o darwinismo social tem vindo a ganhar terreno nos últimos anos pelo efeito conjugado do forte stress ambiental provocado pela emergência das novas tecnologias e pela sobrevalorização do chamado mercado livre (que, diga-se de passagem, de livre não tem nada). A revolução tecnológica em curso tem levado a fenómenos de inadaptação em massa, enquanto a desregulação dos mercados tem provocado sucessivas crises financeiras e políticas e cavado um fosso cada vez maior entre ricos e pobres. Neste contexto, vai emergindo um conjunto de ideias e práticas que sobrevalorizam a competição, a lei do mais forte, os nacionalismos, a arrogância, as segregações de toda a a espécie.

É assim que hoje usamos palavras que nos parecem ajustadas mas que, vistas de perto, derivam da visão do darwinismo social. Competitividade, por exemplo, uma das mais vulgarizadas, reproduz o mecanismo da seleção natural, no qual só os que são muito competitivos conseguem vencer. Os outros, sejam eles pessoas ou países e a quem falta o "killer instinct", condenam-se ao ostracismo e à extinção

sábado, 30 de junho de 2012

Aldeias de Portugal

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  • Sobre Este Programa


Aldeias de Portugal
Géneros:Documentários
Informações Adicionais:
4:3
O que evoluiu e o que permaneceu no Portugal “profundo”, ao longo dos últimos sessenta anos?
Em cruzamentos ritmados, viajamos entre a (suposta) realidade para sempre captada no documentário de António Lopes Ribeiro (de 1938) e o dia-a-dia dessas mesmas aldeias, em pleno século XXI.
Em cada uma das aldeias (re) visitadas, escolhemos detalhes, aspectos particulares e um “grande tema”, que melhor permita evidenciar o que mudou e o que permaneceu. Seguimos, igualmente, a vida de “representantes” das novas e das mais velhas gerações.
Cruzam-se, assim, duas maneiras de olhar diferentes, duas gerações (muito) diferentes: jovens e “velhos”, portugueses/estrangeiros, residentes locais/turistas, etc. São eles que vão viajar por essas outras aldeias e são deles as impressões que queremos registar no nosso filme. Memórias de gente que sempre viveu na sua aldeia e visões de gente que vive na aldeia mas tem uma visão do mundo já marcada pela televisão, Internet e todas as panóplias próprias do século XXI que a ligam a todos os pontos do mundo.O que evoluiu e o que permaneceu no Portugal “profundo”, ao longo dos últimos sessenta anos? É este o ponto de partida para uma viagem a 3 aldeias finalistas do concurso “A Aldeia Mais Portuguesa”, promovido pelo Secretariado Nacional de Propaganda (SNP), em 1938.

Nubia

Nubia

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Públicado no Jornal o riachense

Mária Pombo
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Agradecimento
Sempre escrevi só para mim. Não me lembro da primeira palavra nem do primeiro verso mas lembro-me de o fazer, em primeiro lugar, para mim.
Descobri, neste modo de ver e de sentir o mundo, uma forma de me encontrar, de ser eu, num canto qualquer que por momentos passa a ser só meu. Sempre precisei dos meus silêncios e raras foram as vezes que abdiquei deles por algum motivo. E esses silêncios são povoados por isto: palavras escritas.
É quando escrevo que consigo deixar transparecer aquela parte mais miúda que tenho, que todos temos, porque, estando só, fico longe de juízos e de críticas.
E esse é o motivo pelo qual cada crónica, neste espaço, é um desafio. Porque, ao dar-me em cada palavra, pensando ser para mim, percebo que não me posso restringir ao meu umbigo. E porque não sei que olhos me lêem além dos meus, que mentes me julgam, nem consigo escrever de outra forma, a única “regra” que me impus foi a de não escrever sobre assuntos já “gastos” ou que toda a gente comenta (crise, por exemplo).
Nunca me incomodei com opiniões alheias, mas se escrevo para alguém, como é o caso, mesmo que não saiba quem é, tenho o dever de fazer essa pessoa (ou pessoas) sentir (ou sentirem) nas minhas palavras pelo menos metade do conforto que senti ao escrevê-las.
Hoje quero fazer um agradecimento a quem ocupa algum do seu tempo a ler estas linhas, tão simples e tão imprecisas, por vezes. Faço-o, em especial, e se me permitem, à dona Henriqueta Caetano de Jesus pelo poema que enviou, que me fez sentir o ego a aumentar mil vezes.
Receber carinho de pessoas que conhecemos é fantástico, mas recebê-lo de autênticos desconhecidos, de partes tão diversas deste mundo, faz-me pensar que afinal vale a pena fazer aquilo de que mais gosto porque, sem saber, posso desenhar no rosto de alguém um sorriso de quem, estando longe, se sente um bocadinho mais perto.
Haverá melhor recompensa?

Mária Pombo

quarta-feira, 13 de junho de 2012

José Saramago

Mensagem de Eduardo Lourenço para a inauguração da sede da Fundação José Saramago

Nenhuma Cassandra podia vaticinar que a geração da Utopia que foi a de José Saramago encontraria, entre estes muros lembrados do império perdido, a sua capela ardente e maravilhosamente imperfeita. A realidade superou a ficção. Mas só o fez porque, antes, a ficção, os sonhos de papel de um poeta filho da terra e da ...sua transcendência, converteu as suas fábulas em fábulas de ninguém e de toda a gente. Os muros sem norte desta casa que a capital do País achou por bem conceder ao romancista que pôs o nome da sua terra no ecrã literário do mundo são o rosário de contos que o nosso fabulista-mor consagrou à sua musa Blimunda e ao numeroso séquito que a acompanhará para sempre. Com Saramago entra nesta casa uma geração que desejou de olhos abertos, se não mudar o mundo, torná-lo digno de ser salvo da sua irredenta inumanidade. Cada um à sua maneira, Jorge de Sena, Vergílio Ferreira, Agustina, traz a sua luminosa sombra para fazer companhia ao autor de “Memorial do Convento” e de “Todos os Nomes”. Cada autor digno de memória resume a literatura do povo a que pertence e do mundo inteiro. Que ao menos aí sejamos a chama da única pátria que os ventos da História não apagam da nossa memória precária.
Eduardo Lourenço, Vence, 12 de junho de 2012
Ver mais

José Saramago

Ao fim de hora e meia de abertura, já centenas de pessoas passaram pela nova sede da Fundação José Saramago, na Casa dos Bicos, em Lisboa. Depois da inauguração oficial, que decorreu ao fim da manhã, as portas abriram-se ao público que se tinha acumulado no passeio fronteiro. A partir de quinta-feira, as portas estarão abertas das 10h00 às 18h00 (dias úteis) e das 10h00 às 14h00 (sábados). A visita é gratuita ao longo do mês de junho.

terça-feira, 12 de junho de 2012

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Públicado pelo Jornal, O Mirante

Arquivo
Especial Festa do Bodo

José Antunes aprendeu a arte numa altura em que era exigida dedicação total
O alfaiate dos fatos de equitação que nunca andou a cavalo

foto
Ia do Pinheiro Grande para a Golegã de bicicleta fizesse calor ou chuva e era de bicicleta que ia entregar as encomendas aos clientes.

Edição de 2011-06-02
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José Antunes trabalhou uma vida inteira na Alfaiataria Amaral em Azinhaga, concelho da Golegã, que fechou com a morte do proprietário. José Antunes, 69 anos, assume-se agora como o único alfaiate de trajes de equitação das redondezas. Numa pequena casa no centro da localidade virada para a estátua de José Saramago, o alfaiate que começou na profissão aos 17 anos acaba um fato de montar à portuguesa. Em cima do balcão há revistas de equitação e tauromaquia de onde são retirados os modelos das jaquetas, coletes, calças… num dos cantos sobressai uma máquina de costura Phoenix com mais de 50 anos.
O negócio já não é como antigamente, porque agora praticamente só faz emendas de roupas compradas em prontos-a-vestir e trajes de equitação, que aparecem de vez em quando. Fatos destes são para usar em festas e acabam por durar quase uma vida inteira. Começou na profissão aos 17 anos. Ia de bicicleta de Pinheiro Grande (Chamusca) para a Azinhaga. Chegava a fazer o caminho no inverno pelas estradas submersas pelas cheias com água pela cintura. Para o trabalho não se atrasar e porque a viagem ainda era longa, acabou por começar a ficar a dormir em casa do patrão, Fernando Amaral.
José Antunes recorda-se do tempo em que trabalhava 30 horas seguidas para acabar os fatos. Depois ainda tinha que se montar na bicicleta e ir entrega-los aos clientes na Golegã, em Vila Nova da Barquinha e nas redondezas. Agora são as pessoas que o procuram, que vão buscar os fatos. No pequeno espaço de paredes caiadas com muitos anos destaca-se um espelho com dois metros que brinda quem lá entra com a frase: “Eu vou ser visto assim…”. O homem que vai costurando para se manter ocupado já fez centenas de fatos que dão colorido a festas como a Feira do Cavalo na Golegã. Mas nunca envergou um fato desses porque não tem cavalo e não sabe montar.
O alfaiate já fez fatos pretos, castanhos, de vários feitios e tamanhos, para serem usados por pessoas de várias zonas que gostam das tradições e os passeiam a cavalo. Já foi procurado por pessoas de norte a sul do país, e até dos Açores. Também já fez para espanhóis. Um fato de equitação à portuguesa, à antiga portuguesa, ou à espanhola demora a fazer quatro a cinco dias, praticamente de sol a sol. Os cortes, o coser mangas ou golas, os forros com linhas que formam desenhos que fazem lembrar flores, tudo é feito de forma artesanal. Um trabalho, que diz o alfaiate, “não mata mas mói”. Mas apesar das dores das costas, que têm que estar dobradas para melhor precisão no corte dos tecidos ou no vaivém da agulha da máquina a pedal, no final de cada encomenda sente-se realizado por verificar que o que faz, é muito mais que simples costura e pode, em certos casos, ser considerado arte.
Diga o que pensa sobre este Artigo. O seu comentário será enviado directamente para a redacção de O MIRANTE.

terça-feira, 29 de maio de 2012

DISCURSO DO EMBAIXADOR DO MÉXICO

DISCURSO DO EMBAIXADOR MEXICANO

Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia.

·         A Conferência dos Chefes de Estado da União Europeia, Mercosul e Caribe, em Madrid, viveu um momento revelador e surpreendente: os Chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irónico, cáustico e historicamente exacto.

·         Eis o discurso:
·         "Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu explica-me que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros. Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.
·         Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!
·         Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.

Oscar's Cirque du Soleil

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Adele

Um Pensamento de José Sarmago

Filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como
amar alguém além de nós mesmos, de como mudar os nossos piores defeitos para darmos melhores exemplos e de aprendermos a ter coragem.
Isso mesmo! Ser pai ou mãe é o maior acto de coragem que alguém pode ter, porque é expor-se a todo o tipo de dor, principalmente da incerteza de estar a agir corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se?"
 

domingo, 27 de maio de 2012

Que Humanidade é esta? - José Saramago

Que Humanidade é Esta? - José SaramagoSe o homem não for capaz de organizar a economia mundial de forma a satisfazer as necessidades de uma humanidade que está a morrer de fome e de tudo, que humanidade é esta?

Nós, que enchemos a boca com a palavra humanidade, acho que ainda não chegámos a isso, não somos seres humanos.

Talvez cheguemos um dia a sê-lo, mas não somos, falta-nos mesmo muito. Temos aí o espectáculo do mundo e é uma coisa arrepiante.

Vivemos ao lado de tudo o que é negativo como se não tivesse qualquer importância, a banalização do horror, a banalização da violência, da morte, sobretudo se for a morte dos outros, claro.

Tanto nos faz que esteja a morrer gente em Sarajevo, e também não devemos falar desta cidade, porque o mundo é um imenso Sarajevo.

E enquanto a consciência das pessoas não despertar isto continuará igual. Porque muito do que se faz, faz-se para nos manter a todos na abulia, na carência de vontade, para diminuir a nossa capacidade de intervenção cívica.

José Saramago

sábado, 26 de maio de 2012

Públicado pelo jornal, O Mirante - Fernando Amaral, Mestre Alfaiate

O alfaiate do traje português de equitação

Cada fato completo feito na alfaiataria de Azinhaga custa cerca de 750 euros.
Fernando Amaral já está reformado, mas aos 81 anos continua a costurar os melhores trajes, os mais perfeitos, da zona da Golegã. O pequeno gabinete de alfaiataria, situado na Azinhaga, está hoje a maior parte do tempo fechado, porque o senhor Amaral prefere passar os seus dias em Peniche e dedicar-se à pescaria. No entanto, com o aproximar do São Martinho e da Feira do Cavalo, surgem as encomendas para criar novos trajes de equitação à portuguesa. Os clientes são sobretudo amigos ou conhecidos de outros tempos que insistem em ir ao melhor costureiro – “Quer alguém que lhe fale sobre o traje? O melhor é ir ao sr.Amaral”, dizem os entendidos.
A entrada da casa pequena, situada junto à igreja matriz da Azinhaga, está tapada por uma cortina de contas. Lá dentro surgem duas bancas enormes, alguns cabides, dois ferros de engomar dos antigos e duas máquinas de costura, cada uma com mais de quatro décadas de vida. “Ia comprar umas novas para quê?”, reflecte o velho alfaiate. Para esta época em que se costuram novos fatos chamou o amigo, de 65 anos, também alfaiate na reforma, para dar os jeitos nas virolas, já que as mãos do idoso estão cheias de artroses. “Eu já não consigo fazer tudo”, diz a sorrir.

Ludgero Gonçalves

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Entrvista a Salgueiro Maia, Capitão de Abril

Salgueiro Maia morreu há 20 anos

Morreu aos 47 anos. A História consagra-o como o maior exemplo de coragem da revolução de 25 de Abril de 1974. Salgueiro Maia, o capitão sem medo, desapareceu a 4 de abril de 1992.
"O português é caracterizado em todo o mundo pela sua capacidade de desembaraço - ou de desenrasca, como se diz na tropa. E naturalmente que (naquela madrugada) a condicionante de desenrascanço era relevante."

Numa entrevista que hoje se recorda (ver vídeo no fim do texto), Salgueiro Maia - o rosto da coragem da Revolução dos Cravos, que morreu faz hoje 20 anos - não disfarça a forma improvisada com que foi montada a operação militar que derrubou uma ditadura com mais de 40 anos, em Portugal.

domingo, 13 de maio de 2012

1948- 1950- Teatro " Sol das Lezírias" Foto com o seu elenco e autor: Augusto do Souto Barreiros

Nomes de algumas figuras que compunham o elenco: Susete Martins, Manuel Bispo, Maria Luisa, Francisco Castelo, Francisco Carreira, José Ribeiro, José Almirante, Gentil Simões e outros. Em 1948 - 1950 Augusto do Souto Barreiros escreveu a operetas ligeiras, em dois atos e oito quadros, "Sol das Lesírias" e " Flor dos Campos que músicados por José dos Reis
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Este artigo não cita nenhuma fonte ou referência, o que compromete sua credibilidade (desde março de 2010).
Por favor, melhore este artigo providenciando fontes fiáveis e independentes, inserindo-as no corpo do texto por meio de notas de rodapé. Encontre fontes: Googlenotícias, livros, acadêmicoScirus. Veja como referenciar e citar as fontes.

Augusto Barreiros.
Augusto do Souto Barreiros, de seu nome completo, Augusto Manuel Serrão de Faria do Souto Barreiros, nasceu na Azinhaga em 15 de Março de 1922 e faleceu em Golegã a 16 de março de 2012.
É descendente de proprietários agrícolas notabilizados na lavoura e no entusiasmo por cavalos e toiros. Afinal, estes são os símbolos emblemáticos que, com os campinos, representam o sentido épico da Lezíria do Tejo (Rio Tejo).
Contemporâneo de José Saramago, iniciou-se muito novo na actividade literária, escrevendo para o teatro amador. Publicou igualmente poesia e contos e foi por isso sócio da extinta Sociedade Portuguesa de Escritores e mais recentemente, da Associação Portuguesa de Escritores e da Sociedade Portuguesa de Autores.
A Editorial ADASTRO e a Livraria FERIN, os jornais "Diário Popular ", "Diário Ilustrado", "Diário de Notícias", "O Século", e "Comércio do Porto", e as Revistas FLAMA e VIDA RURAL, deram à estampa uma vasta obra que inclui a ode às gentes azinhaguenses, "Azinhaga, Livro de Horas", além de outros títulos publicados:
  • Nocturno
  • Canto que volta ao silêncio
  • Náufrago sem mar para morrer
  • Capricho Ribatejano
Está ainda representado nas colectâneas "Cancioneiro do Vinho Português" e "Poemabril".
Se a um gesto de Pã nasceu o campo, no amassar do barro fez-se o homem. Então, no enunciar do tempo os dois são um. E, na invenção do espaço, os dois são movimento. Quando harmonizados, em dor ou alegria, os dois são dança: um naquilo que propõe, o outro no ritmo que consegue. E o ritmo é o acto da reinvenção dos corpos.

Augusto Barreiros, Azinhaga - Livro de Horas
Também o folclore e a etnografia ribatejanos muito lhe devem na coreografia e na pesquisa com consequente divulgação, em conferências proferidas na Universidade de Coimbra e em palestras na Rádio Difusão Portuguesa, versando temas posteriormente incluídos naquela última obra publicada: "Os Seareiros", "Os Cagaréus", "Rezas", "Tratamento e Benzeduras", "Fainas com o Gado Bravo", "Danças Tradicionais do Ribatejo", entre outras.
Em 1948 e 1950, Augusto do Souto Barreiros escreveu as operetas ligeiras, em dois actos e oito quadros, "Sol das Lezírias" e "A Flor dos Campos" que, musicadas por José dos Reis bateram recordes de apresentações, conseguindo êxitos memoráveis, entre os quais se contam dois espectáculos, de cada uma, no "Cine-Teatro D. Elisa Bonacho", da Golegã, com lotações sempre esgotadas.